Se a Portuguesa e o fado me comovem, isso não é ser patriota?
Se quando estou longe sinto saudades e acho que em lugar nenhum do mundo há praias como as nossas, isto não é ser patriota?
Se fico ofendida quando um estrangeiro não conhece ou mal diz o meu país, isso não é ser patriota?
Se apesar de ler perfeitamente em Francês; Inglês ou Castelhano, prefiro fazê-lo na minha língua, isso não é ser patriota?
Se o meu peito incha de orgulho quando leio Camões ou Pessoa, isso não é ser patriota?
Então porque é que uma patriota como eu está tão cansada deste país onde nasceu?!
Se quando estou longe sinto saudades e acho que em lugar nenhum do mundo há praias como as nossas, isto não é ser patriota?
Se fico ofendida quando um estrangeiro não conhece ou mal diz o meu país, isso não é ser patriota?
Se apesar de ler perfeitamente em Francês; Inglês ou Castelhano, prefiro fazê-lo na minha língua, isso não é ser patriota?
Se o meu peito incha de orgulho quando leio Camões ou Pessoa, isso não é ser patriota?
Então porque é que uma patriota como eu está tão cansada deste país onde nasceu?!
3 comentários:
Porquê, Antígona?
Porque o nosso patriotismo não se faz de ganhos chorudos à conta dos que são como nós.
Porque o nosso patriotismo não se deposita em recheadíssimas contas bancárias noutros países.
Porque o nosso patriotismo nos dá o direito de barafustar com o que funciona mal mas ainda assim por cá ficamos.
Antígona, o nosso problema não é sermos (ou não) patriotas. O nosso problema é sermos parvos!
;)
Abreijos
Não és a única cara Antígona...
Ora...
As coisas que nos fazem sentir bem neste país, estão onde sempre estiveram... são imutáveis. O Fado há quem o cante com arte e sentimento. A Portuguesa - apesar de haver quem a ache demasiado belicista "contra os canhões... marchar marchar", representa um pouquinho do nosso orgulho. As praias, o longe, a distância, o calor suave do Outono. Camões, Pessoa, Queirós (o Eça... não o Carlos, o que recebeu 760 000€, por ter conseguido ganhar um único um jogo no Mundial). Tudo isto é o pouco (ou muito) que nos resta e que que nos faz sentir bem por cá...
Do que estamos fartos, Antígona, é de muitas outras coisas.Além do Carlos atrás citado, é da Justiça de duas caras. Do sorriso de gozo dos corruptos quando saem da sala de audiências (pensavam que eu "ia dentro?)". Da miséria escondida, da PT e mais a Golden Share... dos Mexias e mais os Bavas... dos pregadores de domingo... dos Alegres e mais os Sócrates. Disso - sim - estamos fartos! E se calhar estamos todos fartos de nós próprios por não termos a coragem de mudar o que parece imutável!
beijinhos...
P.S. Mas há uma coisa que eu gosto à brava! O sorriso do João Vale e Azevedo, lá de Londres para todos nós...(pensavam que eu ia dentro??)
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