sábado, 12 de março de 2011

"À Rasca"

A manifestação da Geração À Rasca está a transformar-se na manifestação de um Povo À Rasca.
Não são apenas os jovens que vão encher as ruas das várias cidades. Pelos vistos haverá cotas de meia-idade e gente que, às portas da reforma, teme ir para casa com uns míseros 300 euros ao fim de 30 e tal anos de trabalho em Instituições não-governamentais, sem receber subsídio de Natal ou de férias, sem esperança de nada porque chegaram, ou estão a chegar, ao fim da linha.
A Geração À Rasca ainda vai a tempo, esta gente não e, se há alguns dias atrás hesitei quanto à adesão a este evento, hoje acho que sim, que mesmo que não estejam bem definidas as reivindicações, que não me parecem estar, bastará a união como começo. Pode ser que, a partir dela, se faça qualquer coisa – se formem, por exemplo e como dizia uma das mentoras há alguns minutos na televisão, grupos organizados de intervenção social.
Eu ficarei em casa - tenho um trabalho para entregar 2ª Feira que não se compadece com manifestações – porque é a forma mais objectiva que tenho de não ficar "à rasca".

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