Não sou contra as iniciativas especialmente se visarem actividades lúdico-didácticas, desportos e outros entreténs ditos saudáveis, que quanto mais se ocuparem as gentes, miúdas e graúdas, mais fácil será a manutenção da ordem. Mas cuidado! Cuidado! Não se faça transparecer a intenção no meio da acção! Refiro-me àquela que na verdade se está nas tintas para a arraia-miúda e que o que lhe interessa mesmo é sobrelevar os seus feitos e dizer à boca cheia: “Estou aqui e fiz isto. Olhem para mim e pensem bem em quem votar nas próximas eleições.” Atenção! não se esqueçam estes senhores que o público, e mesmo aqueles que nem isso chegam a ser porque se deixam ficar por casa; porque decidem por mais interessantes paragens ou porque simplesmente não estão nem aí, é sempre em maior número do que os participantes – mesmo contando com quem só finge participar quando se passeia de um lado para o outro, fazendo vento e não produzindo nada. São em maior número meus senhores! É preciso, portanto, pensar bem neles quando se organizam estes eventos que fecham estradas, acessos e caminhos, encurralando as gentes! É que há quem não goste, mesmo nada, de se sentir encurralado.
1 comentário:
Não sei porquê, mas vivi algo semelhante ainda há pouco...
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