Ultimamente tudo me entristece. Entranhou-se-me uma mágoa da vida que me afoga devagar em lágrimas que não chego a chorar. Tudo é enorme. E tudo é infinitesimamente insignificante e é essa insignificância que dói. Essa enormidade de tudo ser, afinal, tão insignificante. E apertam-me as saudades das pessoas, dos abraços, dos beijos, das carícias. Andamos todos tão extravagantemente sozinhos. Fechados nos medos e nas desilusões. Tão extravagantemente desamparados.
6 comentários:
Adoro a sua escrita. Publiquei no aputadacarraca.blogspot.com
Nem sabes como tento fugir desse estado,amiga. Por enquanto, vai-se conseguindo. Amanhã, logo se verá, é como as conquilhas :)
PS
um xi-coração
Anónimo - já me animou :)
Amigo - isto é preciso é calma :)
Querida Antígona, são fases de desencanto que nos surgem. Não são mais, muitas das vezes, do que a nossa reacção ao encarar a realidade. Essa realidade não está longe da crueza que referes, e gente com G grande, só pode sentir desconforto. Estou com saudades tuas pá. Tenho mesmo de arranjar um tempinho...
Antigona querida esse estado de alma é o resultado do veneno que os nossos governantes destilam diàriamente empurrando o país para um pessimismo sem igual e fazendo com que as pessoas se sintam deprimidas,situação que não nos pode levar a nada de bom.
Temos que conjuntamente fazer um esforço para ultrapassar esta fase!
Contra a carencia afectiva um beijo solidário e amigo:)
Antigona...
Quando estamos fragilizados até as boas memórias são dolorosas. Há uma dor silenciosa, uma mágoa ruim, uma saudade que não conseguimos definir nem entender bem. Uma nostalgia... Olhamos para trás e parece que deixamos pegadas na areia que o vento vai apagando... suavemente mas definitivamente.
Um abraço "de urso..." (bem apertadinho)
joão
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