domingo, 30 de outubro de 2011

O gigantismo do infinitesimamente pequeno

Ultimamente tudo me entristece. Entranhou-se-me uma mágoa da vida que me afoga devagar em lágrimas que não chego a chorar. Tudo é enorme. E tudo é infinitesimamente insignificante e é essa insignificância que  dói. Essa enormidade de tudo ser, afinal, tão insignificante. E apertam-me as saudades das pessoas, dos abraços, dos beijos, das carícias. Andamos todos tão extravagantemente sozinhos. Fechados nos medos e nas desilusões. Tão extravagantemente desamparados.

6 comentários:

Anónimo disse...

Adoro a sua escrita. Publiquei no aputadacarraca.blogspot.com

Sputnick disse...

Nem sabes como tento fugir desse estado,amiga. Por enquanto, vai-se conseguindo. Amanhã, logo se verá, é como as conquilhas :)

PS
um xi-coração

Alda Couto disse...

Anónimo - já me animou :)

Amigo - isto é preciso é calma :)

CF disse...

Querida Antígona, são fases de desencanto que nos surgem. Não são mais, muitas das vezes, do que a nossa reacção ao encarar a realidade. Essa realidade não está longe da crueza que referes, e gente com G grande, só pode sentir desconforto. Estou com saudades tuas pá. Tenho mesmo de arranjar um tempinho...

gina henrique disse...

Antigona querida esse estado de alma é o resultado do veneno que os nossos governantes destilam diàriamente empurrando o país para um pessimismo sem igual e fazendo com que as pessoas se sintam deprimidas,situação que não nos pode levar a nada de bom.
Temos que conjuntamente fazer um esforço para ultrapassar esta fase!
Contra a carencia afectiva um beijo solidário e amigo:)

Jardineiro do Rei disse...

Antigona...
Quando estamos fragilizados até as boas memórias são dolorosas. Há uma dor silenciosa, uma mágoa ruim, uma saudade que não conseguimos definir nem entender bem. Uma nostalgia... Olhamos para trás e parece que deixamos pegadas na areia que o vento vai apagando... suavemente mas definitivamente.

Um abraço "de urso..." (bem apertadinho)

joão