Eduardo Catroga diz não compreender a necessidade de prescindir da sua reforma só por ter sido chamado a trabalhar, até porque o salário que lhe vão pagar, e que já toda a gente parece saber quanto é menos ele, não está desfasado dos trâmites normais praticados em cargos desta estirpe, diz o director do BES que sabe muito bem do que fala (e não é gago).
O meu pai, que aos quarenta e dois anos teve de se reformar por invalidez, com um grau de oitenta por cento de incapacidade, também não compreendeu os quase duzentos euros que lhe subtraíram do subsídio de Natal e compreende ainda menos o facto de ter sido um dos escolhidos para resolver o problema da crise soberana, não que não se sinta orgulhoso por finalmente lhe ter sido reconhecida a tão merecida importância, mas porque, ao contrário de Catroga, ainda ninguém o veio buscar para regressar ao activo e, desta vez, tal como Catroga, não compreende a necessidade do ponto de vista ético.
Entretanto na Avenida da Liberdade abriu mais uma loja de artigos de luxo: Gucci. Ao que parece os portugueses já vinham reclamando por ela. Como eu os compreendo! A falta que me tem feito!
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