Não é a primeira nem a segunda vez que dou comigo a falar sozinha. Frases do tipo, aquela besta bem que me podia ter dado passagem ou talvez seja melhor virar à direita e depois apanhar a avenida pelo lado contrário, proferidas em voz alta, são comuns quando conduzo. É claro que este particular não tem importância nenhuma, muito pelo contrário, é libertador, até porque posso dizer as maiores barbaridades sem deixar testemunhos para a História. Os momentos de condução são excelentes para desabafar o que me vai na alma e para cantar em voz alta. Já noutra circunstância qualquer, isso é de evitar a todo o custo.
Ora o que me tem deixado um bocadinho perplexa é que esta espécie de mania parecer estar a alastrar-se. Habituei-me a falar sozinha e já o faço de uma forma tão automática que basta pensar que estou, não preciso de estar mesmo, basta pensar que estou! basta alhear-me – alheio-me e falo alto! esqueço-me que os outros existem, que estão ali e que têm ouvidos.
Hoje larguei um vou ali fazer xixi que arrancou uma gargalhada ao meu irmão, ao mesmo tempo que me agradecia a informação. Foi então que pensei: olha se isto me acontece noutra circunstância qualquer! mas não sei se ele me ouviu.
1 comentário:
Pois....eu também falo sozinha eheheh acho que é da idade. e no carro....fujam :). Bjs.
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