O que mais detesto nos outros é o que mais temo em mim – a fraqueza, a incapacidade de cruzar metas, o terror que de mim se vai apoderando à medida que elas se aproximam. É isso que mais detesto nos outros. É isso que me torna impaciente e intransigente e desapaixonada e impiedosa. E má. Como se a fraqueza se pegasse e a incapacidade fosse uma substância a manter trancada, proibida de respirar o mesmo ar que respiram os vencedores. Uma substância a manter nas trevas a todo o custo – única forma de lhe travar a existência.
Não ma mostrem pois. Não a aflorem sequer que me deixam agoniada.
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