Tenho dores alucimantes no braço direito! Eu! que já sofri em silêncio e por duas vezes, as dores de parto. Eu, que há anos que me habituei a viver num limbo permanente de pequenas e constantes dores por conta dos prolapsos cervicais que me enrijecem o pescoço e me tolhem os movimentos, dei por mim a chorar de dores, esta manhã.
Uma tendinite mal curada e um movimento mais brusco ao despir, foram os causadores de tamanho sofrimento. Tenho momentos em que a respiração me falta. Mas vim trabalhar, ainda assim. Algumas mudanças meti-as com a mão esquerda. O computador é um suplício e, no entanto, escapo bem aos olhares menos atentos daqueles que me rodeiam.
Não há medidores de dor, toda a gente sabe isso, por isso, apesar deste estado transpirar para os mais atentos, que são poucos, não é possível adinhar o que vai na alma de quem está em sofrimento, quando está em sofrimento.
Seria maravilhoso se cada um de nós, antes de tecer qualquer tipo de juizo acerca seja de quem for, tentasse indagar das dores alheias.
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