À minha frente as luzes de travão de um chaço com mais de vinte anos não param de acender. Ao volante um homem, jovem ainda, boceja antes de estancar a viatura no meio da estrada. Eu preparo-me para praguejar quando uma ovelha dispara numa correria incomum estrada fora e dois negros a perseguem a uma distância suficientemente larga para não a conseguirem apanhar. À beira da estrada, um outro negro segura a corda de uma outra ovelha que tenta a todo o custo seguir o mesmo caminho da primeira. Neste entretanto, o metro de superfície desliza, indiferente aos acontecimentos.
1 comentário:
a aberração disso tudo, não é o chaço, nem os negros, nem as cordas, nem as ovelhas, mas apenas, o metro de superfície :)
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