sexta-feira, 16 de agosto de 2013

Dia de desfrute

Canceladas as visitas com a antecedência conveniente e por motivos sobejamente compreensíveis, aproveita-se o dia para um merecido e raro, muito raro, relaxe.
 
Ouvem-se ao longe pássaros e cigarras. O espanta espíritos, pendurado no alpendre, solta sons ténues e doces que em conjunto com a brisa que entra pela porta escancarada nos invadem os sentidos desabituados já a tamanho silêncio.
 
 E, embalados, vamos dormitando. Eu por entre as palavras de Proust, ele de coisas mais sérias – se é que existe alguma coisa mais séria que Proust!
 
É o seu último dia de férias e eles querem-se assim, descontraídos, relaxados, descansados – tão descansados que o descanso canse e, findo o dia, volte a vontade de fazer coisas, tão necessária ao espírito de quem não pode, ainda, contornar essa coisa a que se chama trabalho.

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