Canceladas as visitas com a antecedência conveniente e
por motivos sobejamente compreensíveis, aproveita-se o dia para um merecido e
raro, muito raro, relaxe.
Ouvem-se ao longe pássaros e cigarras. O espanta espíritos, pendurado no alpendre, solta sons ténues e doces que em conjunto com a brisa que entra pela porta escancarada nos invadem os
sentidos desabituados já a tamanho silêncio.
E, embalados, vamos dormitando. Eu por
entre as palavras de Proust, ele de coisas mais sérias – se é que existe alguma
coisa mais séria que Proust!
É o seu último dia de férias e eles querem-se assim,
descontraídos, relaxados, descansados – tão descansados que o descanso canse e,
findo o dia, volte a vontade de fazer coisas, tão necessária ao espírito de
quem não pode, ainda, contornar essa coisa a que se chama trabalho.
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