quinta-feira, 19 de agosto de 2010

Não há volta a dar...

...quando um dia nasce torto dificilmente se endireita e a única coisa que há a fazer é tentarmos passar despercebidos; mantermo-nos o mais estáticos possível e esperarmos que o dia se esfume sem acontecer nada de mais sério ou preocupante. Até porque uma coisa puxa a outra e quanto mais ansiosos ficamos pior é o que se segue.

Ontem cheguei a casa completamente derreada depois de um dia inteiro de piscina rodeada de crianças verdadeiramente pequenas que, a despeito do tamanho, se julgam capazes de grandes feitos aquáticos e que de meia em meia hora ou têm fome; ou querem fazer chichi; ou cocó; ou precisam de se assoar; ou têm sede; ou têm frio e agora já não - querem ir para a água outra vez e é nestas alturas que uma pessoa deveria ter a força de um touro e os braços de um polvo.

Enfim, derreada, primo o botão do despertador e acho que sete será uma boa hora para me levantar hoje, o problema é que me esqueço de o accionar - ao despertador - pelo que acordei à hora em que deveria estar a sair de casa.

Estava montado o circo para o resto do dia. Tive direito a deixar, durante uma manhã inteira, o carro por trancar no parque do CCB, depois de ter estado quase uma hora para entrar em Lisboa por causa de um acidente e de ter transferido a sessão no Planetário, que estava para as onze e passou para as duas mas só começou à um quarto para as três porque houve uma avaria qualquer no equipamento «demasiado sofisticado», foram mais ou menos as palavras que ouvimos.

Quando chegámos, depois de uma mala despejada e uma angústia desgraçada, descobri que a chave do carro estava enfiada numa mochila de criança dentro do porta bagagens...

Ah! É verdade! Tenho de ir comprar óleo ou coisa que o valha para ver se consigo abrir as grades da janela aqui do estaminé, que esta noite decidiram encravar. Ah! pois é! e estou a passar por cima duma questiúncula com um estrangeiro por causa de um lugar à sombra num banco de jardim...enfim, um dia que ainda não acabou mas que ficará para mais tarde recordar.

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