quinta-feira, 30 de dezembro de 2010

Um dia destes sou despedida

Fora de brincadeiras, não sei como há quem me ature, e isto é sincero!
Mora em mim um egoísmo resinoso, não sei se mais resinoso até do que o altruísmo que também cá habita, que se manifesta sempre que os objectivos são mais prementes.
Eu explico: Sempre que uma puta de uma coisa se me mete na cabeça não descanso enquanto não a levo a bom termo.
Não se pense, no entanto, que as coisas me nascem assim do nada! Ainda que ontem, num dos muito fraquinhos momentos em que fui capaz de parar o meu cérebro para olhar para mim e pensar um bocadinho, a suspeita de que preciso disto para viver me tenha atormentado… Mas o facto é que são coisas que têm de ser feitas, na medida em que seja o que for “tem de ser feito”, evidentemente. Se forem feitas talvez! talvez! as coisas corram melhor! É isso – talvez!...Mas se eu não as fizer nunca chegarei a saber se elas tinham melhorado se eu as tivesse feito…
Adiante, aquilo que interessa é que, no meio desta azáfama vertiginosa em que me envolvo, até parece que não gosto, que não amo, que não quero. Quando, na verdade, gosto, quero e amo. O problema é que sou incapaz de consolidar as duas coisas em momentos de crise como este. Não sou capaz de dar “uma no cravo e outra na ferradura”, como se diz por aí. Então, trato de despachar o mais depressa possível o que há para fazer, se eu pudesse nem comia nem dormia até terminar, para poder, depois, dedicar-me à partilha da vida e das coisas.
Ora não é qualquer pessoa que aguenta isto: Olha, agora, se não te importas, espera lá uma ou duas semaninhas que eu não estou por cá, tenho muito que fazer!...

1 comentário:

Sputnick disse...

Mas olha que eu sou exactamente igual. Com as putas das coisas, e com tudo o que decido fazer ou resolver :)