domingo, 15 de janeiro de 2012

Outra circunstância qualquer

Não é a primeira nem a segunda vez que dou comigo a falar sozinha. Frases do tipo, aquela besta bem que me podia ter dado passagem ou talvez seja melhor virar à direita e depois apanhar a avenida pelo lado contrário, proferidas em voz alta, são comuns quando conduzo. É claro que este particular não tem importância nenhuma, muito pelo contrário, é libertador, até porque posso dizer as maiores barbaridades sem deixar testemunhos para a História. Os momentos de condução são excelentes para desabafar o que me vai na alma e para cantar em voz alta. Já noutra circunstância qualquer, isso é de evitar a todo o custo.

Ora o que me tem deixado um bocadinho perplexa é que esta espécie de mania parecer estar a alastrar-se. Habituei-me a falar sozinha e já o faço de uma forma tão automática que basta pensar que estou, não preciso de estar mesmo, basta pensar que estou! basta alhear-me – alheio-me e falo alto! esqueço-me que os outros existem, que estão ali e que têm ouvidos. 

Hoje larguei um vou ali fazer xixi que arrancou uma gargalhada ao meu irmão, ao mesmo tempo que me agradecia a informação. Foi então que pensei: olha se isto me acontece noutra circunstância qualquer! mas não sei se ele me ouviu.

1 comentário:

Maria_S disse...

Pois....eu também falo sozinha eheheh acho que é da idade. e no carro....fujam :). Bjs.