Ando com os olhos numa cadela arraçada de poodle miniatura que está na lista dos animais adotáveis da União Zoófila. Desde o início da semana que tento contactá-los sem sucesso. Pergunto-me quem cuidará dos animais dado que todos os assuntos relacionados com visitas, contribuições ou hipotéticas adoções terão de ser tratados às 4ªs à tarde ou aos sábados, dentro do mesmo horário, isto porque a União subsiste à força de voluntariado e dos sócios que não desistem, desde 1951.
Esta ideia de ter uma cadela tem-se implantado devagar no meu espírito e, como todas as coisas que se implantam devagar, tem ganho raízes, transformando-se numa certeza de querer. Quando vi a Bella pensei que a quero. Hoje de manhã imaginei-a à porta do quarto, à minha espera, com um olhar doce e paciente. Imaginei-a, também, a acompanhar-me para todo o lado, sem precisar de trela, a caminhar ao meu lado, a saltar para dentro do carro, a fazer-me sentir que não estou sozinha porque mesmo que toda a gente desapareça da face da Terra e eu não tenha ninguém, coisa que evidentemente não vai acontecer, tê-la-ei a ela, ao meu lado, todos os dias.
Agrada-me a ideia de ter ao meu lado, todos os dias, um ser vivo que me ame sem medo nem reticências.
1 comentário:
E eles são mesmo assim. O meu não é meu, é dos meus pais, e até hoje ainda não encontrei ninguém que fique tão feliz de me ver, quando me viu no dia anterior... Será que um dia ainda vou encontrar alguém assim? Eis a questão... :)
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