Ontem tirei o dia. Agarrei nele e meti-o no bolso como quem guarda algo de seu. É um gesto determinante. Um gesto decisivo – este é meu.
Infelizmente não basta a tomada de posse de um dia para chegar ao fim do dito e sentir que valeu a pena. Nem sei o que chegue. Parece que não há horas suficientes, horas de não fazer nada, que equilibrem este cansaço de estar sempre a fazer qualquer coisa. Sempre a tentar chegar a qualquer lado. Queria parar. Sobretudo queria ter a certeza de que se parasse a vida não parava também.
2 comentários:
Querida Antígona, parar é tão importante. Arrisco dizer que os momentos de paragem são tão obrigatórios como os de avanço, pela organização que nos proporcionam...
( A dissertação correu muito bem. Não sei nota, mas estou com uma exagerada sensação de optimismo. Talvez por isso estou a medo. Não gosto nada quando me engano.)
Essencial Amiga. Tomar conta do dia, e no final,sentir o bem que nos fez. É disso que vou falar lá no meu cantinhp. Beijinhos.
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