quinta-feira, 3 de maio de 2012

Os chulos dos empregadores


Hoje sinto-me cansada de um cansaço feito mais de desilusão do que de esforço. É o pior. O outro, a gente dorme e ele passa. Este é miudinho, vai-se entranhando e quando damos por isso estamos derreados, derrotados, pesados, tão pesados que um levantar de mão já custa e um passo em frente…nem se fala. Apetece esticar o corpo, esquecer a mente e abafar o coração antes que seja ele a abafar-nos a nós.

Desilusão. Desalento. Creio que é mais desalento porque iludir, já dificilmente me iludo. É isso – desalento.

Uma pessoa trabalha. Muito ou pouco, trabalha – a maior parte das vezes, muito. Ora se trabalha tem direito a viver condignamente, descansadamente, cabendo-lhe a ela, e só a ela, a gestão dos ganhos. Mas de que forma se pode proceder a uma gestão de ganhos quando os ganhos vêm a conta-gotas?! Quando não se sabe o que vem, quando vem, se pagam, quando pagam! Recibos passados há 60 e há 90 dias, estão por liquidar! Puta que os pariu.

(E aí está! O coração a abafar-me! Eu não disse?...)

4 comentários:

Inês disse...

Como eu entendo esse cansaço, desalento, esta falta de forças...

Puta que os pariu a todos, estou contigo!

Um beijinho!

CF disse...

:) São esses desabafos do coração que nos permitem a sanidade, quando o corpo se revolta. Ora então puta que os pariu, sim senhor. E se quiseres, cantamos em conjunto. Beijinho...

gina henrique disse...

Não poderia estar mais de acordo convosco; mas precisamos sem dúvida de desabafar quando as coisas nos sufocam em que mais não seja pelo alívio que sentimos a seguir.
Um abraço solidário.

Sputnick disse...

Como eu te entendo minha amiga...