A todos aqueles que estremecem com a simples referência à
infância que foi a deles. Àqueles cujas memórias desses primeiros anos de vida
são as mais queridas, as que provocam borboletas – sim, há memórias que
provocam borboletas na boca do estômago. A esses, cujo regresso é tão desejado
que basta um cheiro um nome uma imagem, quero dizer que é possível. É
possível voltar a sentir essas borboletas, essa confiança, esse conforto que a
infância deu, a quem deu. É possível, sim. Mas esse retorno não é gratuito –
traz consigo a dor de não saber o que fazer a tudo o que está no meio, entre o
que foi e o que é.
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