quinta-feira, 26 de agosto de 2010

De certos pais e de certos filhos

Há pais que não gostam dos filhos. Que não conseguem esconder aquele sentimento de desânimo ou frustração cada vez que os olham, porque os petizes não correspondem àquelas extraordinárias expectativas que sobre eles tombaram, logo à nascença.

Depois, em jeito de compensação, têm as atitudes mais primárias como se elas tivessem o estranho poder de lhes lavar a alma a abarrotar de uma culpa que negam porque só o coração lhe conhece a raiz.

O pior é que essas atitudes, grosso modo, agravam ainda mais o fraco ego dos pequenotes que se sentem não-amados e depois, super-protegidos, passam a sentir-se incapazes e incompetentes.

Assim se vão criando pequenos monstros capazes de tudo para chamar as atenções - desde as atitudes mais apalermadas àquelas mais violentas que são, de resto, as que dentro deles tendem a crescer mais e mais...

3 comentários:

Sandra disse...

Meu Deus...não concebo a ideia de um pai ou mãe não gostar de um filho...
...
não concebo!

CF disse...

Não sei se será um não gostar, mas de forma fria, quase se pode dizer que é. Muitas vezes, é um não gostar de si mesmo que se estende aos filhos, por tb eles não chegarem ao que se idealiza. Uma tristeza...

Anónimo disse...

Ter um filho é uma benção!afinal eles não pediram para vir, fomos nós que quisemos) è tão simples, dar-lhes amor, sem os sufocar, e no dia a dia ir dando as asas que os farão voar na altura certa.:)
Criei uma filha, no dialogo e no amor, hoje é um orgulho ver a mulher em que se transformou. Sinceramente não vejo onde está a dificuldade de criar seres humanos integros em vez dos "monstrinhos" que proliferam pela nossa sociedade...
Pais deste País, talvez mais um pouco de amor e tempo, e menos egoismo e carreiras brilhantes, faria toda a diferença...

T.F.