Às voltas com papéis antigos, cartas, postais e recados, em versos de fotos a preto e branco, relembro nomes, caras e momentos e nesse relembrar dói-me o coração pela distância e pelo medo de já não existirem senão nomes e fotos e cartas e postais que trazem memórias de tempos distantes.
Faço contas e sobressalto-me nas possibilidades – passaram tantos anos, em cima daqueles que já se tinham, será que ainda é viva? Será que ainda existe, que respira o mesmo ar que eu respiro por enquanto? Onde estará? Com quem estará? Será feliz?
E a mim? quantos mais me restarão?
2 comentários:
O terreno das memórias tem tanto de fascinante como de perigoso. Nada é tão intimamente nosso como elas. Guarda, simplesmente. Beijinho
É bom recordar... mas apenas o que de bom essas memórias nos trazem. Assim como a vivência do dia a dia. A atitude mental marca a diferença de uma pessoa feliz de uma outra (quase) sempre preocupada com o que de negativo existe à nossa volta! Por que não criar "filtros" às notícias e relativizar os acontecimentos que tendencialmente nos preocupam/ aborrecem?
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