Tivera eu tempo
Para ler todos os livros
Beber todas as palavras
Embebendo os seus sentidos
Tivera eu tempo
De aprender e de ensinar
As palavras
De quem sabe o que diz
Mas sonhar é meio caminho
Como querer é encontrar
Vim a pensar no quão difícil é ultrapassar a rotina e ter sempre um novo olhar sobre tudo o que nos rodeia.
Não sei se é do calor ou do cansaço, ou da preguiça que ambos plantaram em mim, mas sinto-me uma espécie de autómato que depois do seu percurso não se recorda por onde andou.
Hoje fiz um esforço para me concentrar. Após várias tentativas ocorreu-me que talvez a técnica da meditação seja a adequada – estar tão presente que o Ser imerge no espaço, passando a fazer parte dele -, será uma forma de ver e sentir tudo como se fosse a primeira vez. Mas tive medo de me afastar demasiado desta realidade que acreditamos ser a nossa e espetar-me com o carro numa esquina qualquer.
É uma técnica que tenho de apurar, a da meditação em andamento. Creio que houve uma altura em que a apliquei e resultou.
Não há dúvida que tenho andado demasiado ausente da Terra. Porque é isso que acontece sempre que nos centramos num objetivo específico – afastamo-nos da realidade.
Neste momento, estou de ressaca. Que é como quem diz – estou de regresso.
1 comentário:
as melhoras :)))
Enviar um comentário