sexta-feira, 20 de julho de 2012

Livros e dores no pescoço


Ando, há cerca de três dias, de volta de Proust e de Yalom, alternando Em Busca do Tempo Perdido, que transporto para todo o lado, quer perspetive assento ou não, e O Carrasco do Amor e outras histórias sobre psicoterapia que me prende a esta máquina em que vos escrevo.

As saudades que tinha de devorar aquilo que me apetece eram tantas que o entusiasmo, pelo facto de estar finalmente a acontecer, me deixa o corpo de tal forma rígido que mais parece que engoli um cabo de uma vassoura. As dores, que entretanto se depositaram no pescoço, são tão severas que nem os quatro adalgures que engoli ontem e mais os dois que já engoli hoje me valeram de alguma coisa. É claro que não poderei saber da sua severidade se não os tivesse tomado, mas sinto-as sobretudo quando não estou a ler e é por isso, por essa capacidade que os livros têm de me tirarem daqui, que os amo, não acima de tudo, mas acima de muita coisa.

1 comentário:

Jardineiro do Rei disse...

Antígona...
Abençoadas dores do pescoço, apetece-me dizer.

Um abraço

joão