O homem destaca-se da multidão. Sente-se injustiçado com
certas decisões tomadas pela maioria e, em tom que se assemelha à queixa, desabafa
com outros que se mantiveram igualmente afastados, uns por se sentirem como
ele, outros porque o que sentem é o desinteresse que mora em quem não tem
sentido de pertença e se julga, por isso mesmo, único no mundo.
Rapidamente encontra concordantes que, agora unidos, se sentem mais fortes e cuja razão cresce à medida que o número de adeptros cresce também. Contra a manipulação das massas! Gritam eles em resposta à palavra de ordem do primeiro homem que naturalmente se auto-elegeu líder daquele grupo.
Já não estão sozinhos. O seu ânimo alegra-se. Sentem, cada vez mais, que podem fazer a diferença, que a razão está do seu lado e esquecem, quase de imediato, a primeiríssima causa que os levou a juntarem-se para, na sequência lógica do processo, elaborarem todos os documentos que alterarão a vida de todos, inclusive da maioria de quem, inicialmente, se destacaram, para melhor. E isso, nem se questiona, é para melhor. Eles é que sabem. Eles sentem o que é não pertencer a lado nenhum. Eles já foram daqueles que não se deixaram manipular.
E, na ânsia de mostrar ao mundo a solução mágica para todos os problemas, vão gritando as suas razões, arrastando o maior número possível de adeptos, desprezando qualquer um que não partilhe das suas ideias .
O seu desejo é, agora, o de serem, eles próprios, uma maioria.
Rapidamente encontra concordantes que, agora unidos, se sentem mais fortes e cuja razão cresce à medida que o número de adeptros cresce também. Contra a manipulação das massas! Gritam eles em resposta à palavra de ordem do primeiro homem que naturalmente se auto-elegeu líder daquele grupo.
Já não estão sozinhos. O seu ânimo alegra-se. Sentem, cada vez mais, que podem fazer a diferença, que a razão está do seu lado e esquecem, quase de imediato, a primeiríssima causa que os levou a juntarem-se para, na sequência lógica do processo, elaborarem todos os documentos que alterarão a vida de todos, inclusive da maioria de quem, inicialmente, se destacaram, para melhor. E isso, nem se questiona, é para melhor. Eles é que sabem. Eles sentem o que é não pertencer a lado nenhum. Eles já foram daqueles que não se deixaram manipular.
E, na ânsia de mostrar ao mundo a solução mágica para todos os problemas, vão gritando as suas razões, arrastando o maior número possível de adeptos, desprezando qualquer um que não partilhe das suas ideias .
O seu desejo é, agora, o de serem, eles próprios, uma maioria.
2 comentários:
Como eu te compreendo!!!
Creio que estamos a pensar a mesma coisa.
Tipicamente humano Antígona. Com todos os problemas que acarta no seguimento...
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