Às vezes apetece-me baixar os braços. São momentos em que
deixo de acreditar. Momentos que nem sequer existem pela minha falta de fé ou
de vontade, antes pelo desgaste. Eu labutar, labuto. E quero continuar a
acreditar que daí me hão de advir proventos. Acontece que nem sempre são os proventos
esperados. Ainda assim, ando bem com a minha consciência mesmo que isso não
constitua um provento. Porque encontrar na tranquilidade da consciência um
provento, só por si, é o mesmo que ver o extraordinário no que deveria ser
vulgar.
Sempre me foi dito para não contar com os ovos no cú da
galinha, a despeito desta minha fé e deste meu otimismo. Talvez eu devesse
acreditar mais e recear menos. Os receios, está provado, são cada vez menos
bons conselheiros. Alimentar o otimismo mesmo que isso, aos olhos alheios, seja
disparatado, pode não trazer proventos mas traz, sem dúvida alguma, uma certa
alegria. E já que a vida, longe de ser um todo, é um conjunto de pequenos
nadas, mais vale enchê-los, aos pequenos nadas, de alegria.
E pronto, já me ajudaram a correr com o medo. Está feita a
catarse. Tenham um dia muito feliz. Mas não esperem por ele – façam-no.
1 comentário:
Completamente de acordo.
É mesmo imperioso transformar os pequenos nadas em muito para que possamos aguentar as agruras da vida quando elas são mesmo "nada"!
Boa semana:)
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