Sentámo-nos no restaurante. Abrimos o cardápio - Bife de Peru; Bife de Porco; Bife de Vitela.
Não diz – Bife do Lombo; Bife da Vazia; Bife de Alcatra. Não. Bife de Peru; Bife de Porco e Bife de Vitela.
Apetece-me um bife. Geralmente não como carne vermelha. Apetece-me um bife, para variar.
Apetece-me um bife de vaca. Olho para o empregado e pergunto – O bife é tenro?
Ele fixa-me e, com uma convicção inabalável, abana a cabeça.
Incrédula insisto – Não é tenro?!
O rapaz volta a abanar a cabeça – Não, não. O bife é d’hoje.
O meu irmão solta uma gargalhada. O rapaz não compreende. Pede desculpa e diz que vai perguntar à cozinha. O meu irmão não pára de rir.
O bife é d’hoje – exclama ele. – Se é d’hoje não o comas que não presta.
E não parava de rir. Nem ele nem eu.
O rapaz voltou, sorridente e um pouco envergonhado.
- Eu não percebi o que queria dizer – desculpou-se. – O bife é tenro, sim. Não sabia que mole é tenro.
- Mas mole não é tenro - digo eu, sem parar de rir – eu não quero um bife mole, quero um bife tenro.
- É tenro, é tenro.
E não é que até era?! Estava boa a vitela acabadinha de matar!
Lisboa está cheia de vida nocturna. Pelo menos aquela zona do Bairro Alto e do Camões. O largo fervilhava de gente. Entrámos no estacionamento. À nossa frente um senhor introduzia uma nota de vinte euros na máquina. Continuámos a conversa. E parámo-la quando nos apercebemos que haviam já passado alguns minutos sem que o barulho de moedas a cair parasse. Um grupo que estava de saída exclamou – Hum, Jackpot! E as moedas não paravam. O homem já andava de cócoras a apanhar moedas do chão e a murmurar – brincadeira, brincadeira. As mãos carregadas de moedas castanhas – o troco da nota de vinte.
Aprendi que a carne deve ficar pendurada vários dias antes de ser consumida e que é sempre melhor ter dinheiro trocado para pagar o parque de estacionamento.
Não diz – Bife do Lombo; Bife da Vazia; Bife de Alcatra. Não. Bife de Peru; Bife de Porco e Bife de Vitela.
Apetece-me um bife. Geralmente não como carne vermelha. Apetece-me um bife, para variar.
Apetece-me um bife de vaca. Olho para o empregado e pergunto – O bife é tenro?
Ele fixa-me e, com uma convicção inabalável, abana a cabeça.
Incrédula insisto – Não é tenro?!
O rapaz volta a abanar a cabeça – Não, não. O bife é d’hoje.
O meu irmão solta uma gargalhada. O rapaz não compreende. Pede desculpa e diz que vai perguntar à cozinha. O meu irmão não pára de rir.
O bife é d’hoje – exclama ele. – Se é d’hoje não o comas que não presta.
E não parava de rir. Nem ele nem eu.
O rapaz voltou, sorridente e um pouco envergonhado.
- Eu não percebi o que queria dizer – desculpou-se. – O bife é tenro, sim. Não sabia que mole é tenro.
- Mas mole não é tenro - digo eu, sem parar de rir – eu não quero um bife mole, quero um bife tenro.
- É tenro, é tenro.
E não é que até era?! Estava boa a vitela acabadinha de matar!
Lisboa está cheia de vida nocturna. Pelo menos aquela zona do Bairro Alto e do Camões. O largo fervilhava de gente. Entrámos no estacionamento. À nossa frente um senhor introduzia uma nota de vinte euros na máquina. Continuámos a conversa. E parámo-la quando nos apercebemos que haviam já passado alguns minutos sem que o barulho de moedas a cair parasse. Um grupo que estava de saída exclamou – Hum, Jackpot! E as moedas não paravam. O homem já andava de cócoras a apanhar moedas do chão e a murmurar – brincadeira, brincadeira. As mãos carregadas de moedas castanhas – o troco da nota de vinte.
Aprendi que a carne deve ficar pendurada vários dias antes de ser consumida e que é sempre melhor ter dinheiro trocado para pagar o parque de estacionamento.
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