“Vê moinhos? São moinhos.
Vê gigantes? São gigantes.”
Vê gigantes? São gigantes.”
António Gedeão, D. Quixote
Não há ruína que não possa ser vista ao olharmos um moinho.
São raros aqueles que ainda ostentam a traça antiga e menos ainda os que servem para alguma coisa. Agora os moinhos são outros. Gigantes brancos de três pás que giram incansavelmente, não para moer os cereais mas para gerar energia. Não deixam de ser moinhos por isso.
Já me aconteceu ir na A8 e ser surpreendida por um conjunto desses gigantes brancos que pareciam estar atrás dos montes à minha espera, só para me assustarem. E assustaram. Nesse momento decidi que não haveria de gostar destes moinhos e tive saudades dos outros, dos redondos e singelos moinhos de cereais. Mas já mudei de ideias. Afinal de contas os gigantes brancos têm a sua beleza e, fundamentalmente, a sua extraordinária utilidade. Quanto aos outros, ainda que em ruínas, continuam a realçar o bucólico que uma paisagem pode ter.
Por mim podem continuar a existir, todos eles. E se houver quem recupere os mais antigos, melhor ainda. É que, tanto uns como outros exibem a liberdade do vento, ainda que estejam, irremediavelmente, presos ao chão.
Moinhos e Gigantes. Gigantes e Moinhos. Qual deles teria Miguel de Cervantes escolhido se tivesse conhecido os dois? Provavelmente nenhum. Ou todos, quem sabe?
Na verdade, quer o António Gedeão, quer o Miguel de Cervantes, estavam-se, provavelmente, nas tintas para os moinhos. E isto só prova que a objectividade, de vez em quando, não só não serve para nada como pode até estragar tudo.
Uma coisa é certa, se alguém, no momento em que passei na A8 e vi os gigantes pela primeira vez, me tivesse dito que aquilo eram moinhos, eu tê-lo-ia mandado dar uma curva; teria gritado – São Gigantes - e ter-lhe-ia pedido – Deixa-me ficar com a minha visão.
Depois, mais tarde, num belo dia de sol, eu teria voltado a passar por lá e teria visto uns belos de uns moinhos, imponentes e brancos. Brilhantes obras de engenharia.
Não há ruína que não possa ser vista ao olharmos um moinho.
São raros aqueles que ainda ostentam a traça antiga e menos ainda os que servem para alguma coisa. Agora os moinhos são outros. Gigantes brancos de três pás que giram incansavelmente, não para moer os cereais mas para gerar energia. Não deixam de ser moinhos por isso.
Já me aconteceu ir na A8 e ser surpreendida por um conjunto desses gigantes brancos que pareciam estar atrás dos montes à minha espera, só para me assustarem. E assustaram. Nesse momento decidi que não haveria de gostar destes moinhos e tive saudades dos outros, dos redondos e singelos moinhos de cereais. Mas já mudei de ideias. Afinal de contas os gigantes brancos têm a sua beleza e, fundamentalmente, a sua extraordinária utilidade. Quanto aos outros, ainda que em ruínas, continuam a realçar o bucólico que uma paisagem pode ter.
Por mim podem continuar a existir, todos eles. E se houver quem recupere os mais antigos, melhor ainda. É que, tanto uns como outros exibem a liberdade do vento, ainda que estejam, irremediavelmente, presos ao chão.
Moinhos e Gigantes. Gigantes e Moinhos. Qual deles teria Miguel de Cervantes escolhido se tivesse conhecido os dois? Provavelmente nenhum. Ou todos, quem sabe?
Na verdade, quer o António Gedeão, quer o Miguel de Cervantes, estavam-se, provavelmente, nas tintas para os moinhos. E isto só prova que a objectividade, de vez em quando, não só não serve para nada como pode até estragar tudo.
Uma coisa é certa, se alguém, no momento em que passei na A8 e vi os gigantes pela primeira vez, me tivesse dito que aquilo eram moinhos, eu tê-lo-ia mandado dar uma curva; teria gritado – São Gigantes - e ter-lhe-ia pedido – Deixa-me ficar com a minha visão.
Depois, mais tarde, num belo dia de sol, eu teria voltado a passar por lá e teria visto uns belos de uns moinhos, imponentes e brancos. Brilhantes obras de engenharia.
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