Se há coisa que me deixa irritada são aquelas mensagens escritas por brasileiros e mal adaptadas à realidade portuguesa. Ele há quem meta isso a circular como se fosse o relatório da descoberta da pólvora e o mais irritante é que, geralmente, é um chorrilho de disparates.
Hoje de manhã abri uma com o brilhante título de – Tudo Mudou.
Hoje de manhã abri uma com o brilhante título de – Tudo Mudou.
Claro que tudo mudou! Graças a Deus! Queriam o quê? Que ficasse tudo na mesma? Mas alguma vez em alguma parte do mundo as coisas param?!
O “artigo”, não sei que nome hei-de dar a essa coisa, começa por fazer referência ao aparecimento da televisão, do chuveiro eléctrico…chuveiro eléctrico?!... Depois segue-se a Declaração dos Direitos Humanos e a Playboy, duas coisas que estão, obviamente, relacionadas, uma não pode passar sem a outra.
Estas tinham sido, na opinião da mente brilhante que escreveu aquela coisa, as coisas boas que aconteceram nos últimos 50 anos, estas e mais o facto das pessoas que têm agora mais de 40 vestirem o mesmo que os filhos e terem um excelente aspecto. Segundo o artigo, as avós agora são “aviões”.
A partir daqui é tudo mau. Tudo o que tem acontecido por este mundo e segundo o, ou os, autores deste e doutros textos do mesmo género, é tudo mau. Até assinam como anónimos para não irem presos! Nossa Senhora!
Gente desta, que acha que isto vai de mau a pior, merecia ter vivido em pleno século XIV; deveria ter sido Judeu na Segunda Grande Guerra; deveria ter sido comunista durante o Regime Salazarista, o que mesmo assim teria sido um mal menor; ou deveria viver, neste momento, no Médio Oriente.
Gente desta, que só sabe dizer mal, que se queixa e distribui queixas a toda a hora não conhece nada de História.
Nunca se viveu tão bem, neste país, como se vive agora. Nunca o nosso parque automóvel foi tão grande e tão rico, nunca houve tantas televisões nem tantas calças de marca. Nunca os adolescentes gastaram tanto do erário dos pais como gastam agora. Nunca este país teve tanta cor como tem agora e, por muito má que esteja a educação, nunca tanta gente teve tantas oportunidades de ser o que quiser ser.
Não, não estamos na mesma. E ainda bem que não estamos na mesma. Éramos um país cinzento e agora temos cor. Temos cor, ainda que o cinzento ande por lá, metido no meio das outras cores. Temos cor.
E bom mesmo era que nos alegrássemos com essa cor, em vez de ficarmos a carpir em cima do cinzento.
O “artigo”, não sei que nome hei-de dar a essa coisa, começa por fazer referência ao aparecimento da televisão, do chuveiro eléctrico…chuveiro eléctrico?!... Depois segue-se a Declaração dos Direitos Humanos e a Playboy, duas coisas que estão, obviamente, relacionadas, uma não pode passar sem a outra.
Estas tinham sido, na opinião da mente brilhante que escreveu aquela coisa, as coisas boas que aconteceram nos últimos 50 anos, estas e mais o facto das pessoas que têm agora mais de 40 vestirem o mesmo que os filhos e terem um excelente aspecto. Segundo o artigo, as avós agora são “aviões”.
A partir daqui é tudo mau. Tudo o que tem acontecido por este mundo e segundo o, ou os, autores deste e doutros textos do mesmo género, é tudo mau. Até assinam como anónimos para não irem presos! Nossa Senhora!
Gente desta, que acha que isto vai de mau a pior, merecia ter vivido em pleno século XIV; deveria ter sido Judeu na Segunda Grande Guerra; deveria ter sido comunista durante o Regime Salazarista, o que mesmo assim teria sido um mal menor; ou deveria viver, neste momento, no Médio Oriente.
Gente desta, que só sabe dizer mal, que se queixa e distribui queixas a toda a hora não conhece nada de História.
Nunca se viveu tão bem, neste país, como se vive agora. Nunca o nosso parque automóvel foi tão grande e tão rico, nunca houve tantas televisões nem tantas calças de marca. Nunca os adolescentes gastaram tanto do erário dos pais como gastam agora. Nunca este país teve tanta cor como tem agora e, por muito má que esteja a educação, nunca tanta gente teve tantas oportunidades de ser o que quiser ser.
Não, não estamos na mesma. E ainda bem que não estamos na mesma. Éramos um país cinzento e agora temos cor. Temos cor, ainda que o cinzento ande por lá, metido no meio das outras cores. Temos cor.
E bom mesmo era que nos alegrássemos com essa cor, em vez de ficarmos a carpir em cima do cinzento.
Sem comentários:
Enviar um comentário