É nostálgico este Agosto de praias desertas e céu acinzentado, com pingos de chuva a largarem da terra um cheiro a infância.
Havia dias assim, quando eu era criança – dias de Agosto. Surgiam desvairados no meio do calor infernal que nos empurrava para o pátio, altas horas da noite. Vinham para aliviar a sede da terra. Agora vêm em vez do calor. Trocaram a ordem os estupores. Se não com que direito surgiriam, se a terra ainda não teve tempo de aquecer?!
2 comentários:
E o vento? Já viste o vento? Eu, que nem percebo de agricultura, julgo que o dito é capaz de secar tudo mais do que o sol, e de não ser nada benéfico. Enfim, aguentemos...
Não deixa de ser estranho o comportamento da Natureza. Mas gosto de sentir o cheiro a terra molhada. Transporta-me para a minha infância...
Cheguei ontem do Alentejo, da vila de Redondo. As ruas cheias de flores de papel. Se choveu lá, imagino a destruição, depois de tanto trabalho daquela gente.
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