quinta-feira, 1 de março de 2012

Bullying

Não encontro teoria que me valha em situações extremas. Não chega, a teoria. Por vezes sinto que preciso de ter alguém que avance antes de eu atingir o meu limite de paciência, de capacidade de controle, de poder de decisão, de tudo. Antes de eu desnortear. E não tenho. Estou sozinha. E ainda que não seja pessoa de desistir, sinto uma certa incompatibilidade entre a gerência de um negócio e a salvação de certas almas.

Alguém me diga como é que se gerem, na prática, situações de bullying. Aquele bullying fininho, feito à socapa, sacana, que deixa outros, mais novos e mais fracos, mudos, encolhidos. E eu sinto-o, sei de onde vem e não suporto. Porque nunca suportei enxovalhos ou humilhações. Nunca. Nem quando tinha a idade deles. Nunca suportei a maldade e salto que nem uma leoa a defender as crias. Depois fico mal comigo mesma. Não deveria ter perdido as estribeiras, mas perdi. Dei dois gritos e expulsei o agressor. Desaparece da minha vista! Não disse mas senti. Foi exatamente o que senti. Desaparece da minha vista! Esquecendo-me que afinal são todos crianças. Um adulto não pode, não deve reagir assim. Ainda que existam crianças e crianças…não pode, não deve, mas não é de ferro.

2 comentários:

Jardineiro do Rei disse...

Pois... Nós temos a obrigação de ser bons adultos (porque somos adultos. E eles? Não têm obrigação de serem boas crianças (lá porque são crianças?)

Goldfish disse...

Quem nunca tenha perdido as estribeiras que atire a primeira pedra. Então com crianças!!!