Há alguns dias que a minha mãe se queixa dos olhos. Diz que parece ter mergulhado numa duna, de tantos grãos que os olhos acumulam até ao cair da noite. Pensei que, provavelmente, estaria com uma conjuntivite, mas não, não existe inflamação nenhuma, pelo que atribui o incómodo à sensibilidade da idade.
Hoje de manhã, porém, uma notícia de rádio despertou-me a atenção. Ao que parece o ar português está sobrecarregado de partículas, com uma percentagem bastante superior ao máximo estabelecido, por conta de uma tempestade de areia no continente africano.
Segundo esse boletim noticioso, o Ministério da Saúde já deveria ter divulgado o facto e proposto medidas capazes de minimizar os danos que estão a atingir pessoas com problemas respiratórios e alérgicos, bem como crianças e idosos que não fazem ideia do que lhes está a acontecer já que nos noticiários da televisão ainda ninguém falou no assunto, pelo menos que eu tenha ouvido e é a primeira coisa que faço quando me sento para o pequeno-almoço – ver as notícias.
Já não é a primeira vez que oiço, via rádio, notícias que depois não consigo ver na televisão ou, quando vejo, vêm com pelo menos 24 horas de atraso. A que se deve esta disparidade na informação, não faço a mínima ideia, mas que as cadeias de televisão não dão as mesmas notícias que as das rádios, não dão.
Entretanto, se tem andado aflito dos olhos; da renite ou dos brônquios, convencido/a que a idade lhe agravou as alergias, doenças e afins, desengane-se – a culpa é das areias de África.
1 comentário:
Concordo Antigona, as notícias da rádio são diferentes para melhor.
Também soube das partículas trazidas pelos ventos de Africa via rádio e calculo que não seja muito conveniente espalhar a notícia para não aumentar a afluência às urgencias dos hospitais,assim cada um resolverá o problema à sua maneira e por si próprio,que o governo não tem dinheiro para gastar com os pobres !!!
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