O meu ex-marido, homem claramente mundano, tinha o costume
de chamar Gabriela a quem se manifestasse adversa a esta ou àquela alteração de
caráter que ele considerasse importante se não mesmo indispensável. Fazia-o,
portanto, com muito despeito.
Baseava-se este epíteto na canção, mais do que na personagem
– “eu nasci assim, eu cresci assim, eu sou mesmo assim, serei sempre assim…Gabriela!”
- ainda que esta, apesar de todos os atrativos que descarrega sobre o sexo
oposto, despertasse nele sorrisos de condescendência, daqueles que soltamos por
quem não alimentamos grande respeito – é tonta, coitada…
Hoje, ao rever a criação do autor, e verde de inveja,
pergunto-me o que há para não gostar?! Gabriela tem tudo, e vive feliz sem nada. Poder ser! Só ser!
Que inveja!
1 comentário:
Estou contigo e feliz por rever a Gabriela penso quem não gostaria de ser aquela Gabriela feliz com tão pouco embora também não houvésse muito mais a que pudesse aspirar, mas mesmo assim é um assomo de alegria que dá gozo só de ver :)
Beijo ( sem inhos )
Gina
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