quarta-feira, 19 de setembro de 2012

Um síndroma chamado Gabriela


O meu ex-marido, homem claramente mundano, tinha o costume de chamar Gabriela a quem se manifestasse adversa a esta ou àquela alteração de caráter que ele considerasse importante se não mesmo indispensável. Fazia-o, portanto, com muito despeito.

Baseava-se este epíteto na canção, mais do que na personagem – “eu nasci assim, eu cresci assim, eu sou mesmo assim, serei sempre assim…Gabriela!” - ainda que esta, apesar de todos os atrativos que descarrega sobre o sexo oposto, despertasse nele sorrisos de condescendência, daqueles que soltamos por quem não alimentamos grande respeito – é tonta, coitada…

Hoje, ao rever a criação do autor, e verde de inveja, pergunto-me o que há para não gostar?! Gabriela tem tudo, e vive feliz sem nada. Poder ser! Só ser! Que inveja!  

1 comentário:

gina henrique disse...

Estou contigo e feliz por rever a Gabriela penso quem não gostaria de ser aquela Gabriela feliz com tão pouco embora também não houvésse muito mais a que pudesse aspirar, mas mesmo assim é um assomo de alegria que dá gozo só de ver :)
Beijo ( sem inhos )
Gina