Estou prestes a chegar à conclusão que sofro de alguma inépcia vivencial.
Para se viver é preciso possuir certas capacidades práticas que eu, a julgar pela inquietação quase permanente em que vivo, não possuo.
Creio que a maior parte das pessoas que conheço acreditam que a inquietação faz parte do meu amor pela vida e que não saberia viver sem ela. Como se enganam! O que eu dava para prolongar eternamente os momentos de paz que tenho nos curtos intervalos!
Não. A questão não é essa. A questão não passa por uma marca de carácter. Passa, isso sim, pela incapacidade de distância do mundo, porque, na verdade, motivos de inquietação existem, sempre existiram e sempre existirão. A questão é ser capaz de viver com eles, lado a lado, mantendo-me serena. Não nas aparências porque nessas, por vezes, sou até plenamente abraçada por essa serenidade exagerada e falsa que leva a baixar o tom de voz à medida que o de outros aumenta. Mas no íntimo, no coração, na alma.
São momentos de pouca fé, esses em que vacilo! Momentos de pouca fé. E a fé, quer se queira quer não, é fundamental à vida.
(curiosamente no momento em que acabei de escrever estas linhas, antes mesmo de as publicar, recebi as notícias que precisava para serenar. Se isto não é milagre, não sei o que será.)
1 comentário:
Eu também diria que é mesmo uma questão de fé!!!
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Um abraço.
Gina
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