Uma das regras que considero fundamental para o conhecimento é a observação.
Se queremos conhecer algo, temos de o observar primeiro. Observar sem intervir.
Tudo aquilo em que tocamos se altera e perde, assim, a sua natureza ou afasta-se dela.
Como é que eu posso melhorar a vida seja do que for sem conhecer primeiro o objecto em questão? Como posso eu saber o que é melhor para ele, sem o conhecer? E como posso eu conhecê-lo se não tive tempo para o observar?
Esta verdade estende-se a tudo aquilo que passa pela nossa vida e, contudo, raramente a pomos em prática.
Conhecemos uma pessoa pela primeira vez. Acreditamos que gostamos dessa pessoa e o que fazemos? Tentamos que ela goste de nós. Se tivermos sorte, se isso acontecer, partimos do princípio que está tudo bem e avançamos no nosso maravilhoso entusiasmo, prontos para fazer parte, para intervir, na vida dessa pessoa. É quase como se, na nossa cabeça, essa pessoa não tivesse vida antes de nós. Como se só nós soubéssemos como é que ela deve agir, como se deve comportar, o que deve ou não fazer, nesta ou naquela circunstância.
Temos tanta pressa que encurtamos, às vezes de uma forma abrupta, a natural distância que separa duas pessoas que, afinal de contas, ainda se estão a conhecer. No nosso entusiasmo essa distância que, para além de natural é necessária, aflige-nos como se o objecto desejado estivesse a fugir-nos por entre os dedos. Então encurtamo-la. Encurtamo-la e estragamos tudo.
O amor passa pela observação e pela distância que essa observação exige. A pressa de nos apoderarmos seja do que for não é amor, é necessidade.
Se queremos conhecer algo, temos de o observar primeiro. Observar sem intervir.
Tudo aquilo em que tocamos se altera e perde, assim, a sua natureza ou afasta-se dela.
Como é que eu posso melhorar a vida seja do que for sem conhecer primeiro o objecto em questão? Como posso eu saber o que é melhor para ele, sem o conhecer? E como posso eu conhecê-lo se não tive tempo para o observar?
Esta verdade estende-se a tudo aquilo que passa pela nossa vida e, contudo, raramente a pomos em prática.
Conhecemos uma pessoa pela primeira vez. Acreditamos que gostamos dessa pessoa e o que fazemos? Tentamos que ela goste de nós. Se tivermos sorte, se isso acontecer, partimos do princípio que está tudo bem e avançamos no nosso maravilhoso entusiasmo, prontos para fazer parte, para intervir, na vida dessa pessoa. É quase como se, na nossa cabeça, essa pessoa não tivesse vida antes de nós. Como se só nós soubéssemos como é que ela deve agir, como se deve comportar, o que deve ou não fazer, nesta ou naquela circunstância.
Temos tanta pressa que encurtamos, às vezes de uma forma abrupta, a natural distância que separa duas pessoas que, afinal de contas, ainda se estão a conhecer. No nosso entusiasmo essa distância que, para além de natural é necessária, aflige-nos como se o objecto desejado estivesse a fugir-nos por entre os dedos. Então encurtamo-la. Encurtamo-la e estragamos tudo.
O amor passa pela observação e pela distância que essa observação exige. A pressa de nos apoderarmos seja do que for não é amor, é necessidade.
2 comentários:
Escreves muito bem.
A fixação de um objecto em pleno, constante e imprevisível movimento necessita de uma objectiva que ainda não foi inventada.
Tentar compreender a vida das pessoas é algo que se não consegue. O melhor que podemos fazer é tentar entender a nossa, sabendo que é uma tarefa impossível.
E que tal uma visita ao meu abandonado blog, mesmo sem me conhecer?
:):) Obrigada.
Dava jeito essa tal objectiva...
Quanto ao teu blog, sou uma seguidora :) vou até lá sempre que há coisas novas.
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