O carro da minha mãe não tem direcção assistida. Ela tem 78 anos e uma força de braços que a mim me escapa em absoluto. Tem também uma grande aversão a todos os «novos» caminhos, pelo que só circula pelos mais antigos, que são também os mais estreitos; os mais desgastados e, por conseguinte, os mais difíceis e perigosos, não para a vida mas para a chapa. Não para ela, que prefere ver os carros de frente a senti-los a passar a velocidades «alucinantes». Depender dela para ir à injecção e para vir para o trabalho tem-se revelado um exercício de paciência e compreensão, sem igual.
Hoje foi preciso meter gasolina. Fiquei dentro do automóvel a sorrir para as caras de caso dos condutores obrigados a grandes manobras para conseguirem aceder à bomba da frente. É que ela deixou a traseira do carro a meio metro de distância…Mas vê-la a rodar aquele volante, num esforço quase titânico é, acreditem, motivo de orgulho. Quanto ao resto, é só uma questão de se sair de casa com tempo…
Hoje foi preciso meter gasolina. Fiquei dentro do automóvel a sorrir para as caras de caso dos condutores obrigados a grandes manobras para conseguirem aceder à bomba da frente. É que ela deixou a traseira do carro a meio metro de distância…Mas vê-la a rodar aquele volante, num esforço quase titânico é, acreditem, motivo de orgulho. Quanto ao resto, é só uma questão de se sair de casa com tempo…
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