Eu, que ultimamente pouco mais tenho feito senão queixar-me das sucessivas mudanças da vida, desejando paz, sossego e estabilidade, dou comigo a desejar uma reviravolta nesta ordem de coisas. Mais – dou comigo a sentir que isto não vai lá sem ela. A reviravolta.
E não é só em relação à minha vida que falo, que essa só precisa de se adaptar às novas circunstâncias. Falo, precisamente, das novas circunstâncias que exigem adaptações, se é que existem adaptações que se encaixem…
E se há momentos em que acredito que estou a viver uma época conturbada que o tempo se encarregará de endireitar, fazendo com que tudo volte ao mesmo; outros há em que pressinto que vivo numa época conturbada que não se endireitará sem profundas mudanças, e que essas mudanças não passam pelas costumeiras revoluções mas por verdadeiros fins – assim a rondar o caos – que permitirão novos começos.
O que mais me assusta é o desejo que sinto cá no fundo (e já esteve mais fundo…) de fim, de caos, de novos – mas mesmo novinhos em folha – recomeços. É que já não acredito em nada. Sobretudo, não acredito em paninhos quentes, em tapa-buracos, em remendos. Acredito, isso sim, na urgência de enterrar bem fundo o que está podre e na urgência de chamarmos toda a criatividade que conseguirmos de forma a que, à semelhança da construção de um Novo Mundo, se inventem novas ordens, quer sociais, quer económicas, quer, sobretudo, políticas.
E não é só em relação à minha vida que falo, que essa só precisa de se adaptar às novas circunstâncias. Falo, precisamente, das novas circunstâncias que exigem adaptações, se é que existem adaptações que se encaixem…
E se há momentos em que acredito que estou a viver uma época conturbada que o tempo se encarregará de endireitar, fazendo com que tudo volte ao mesmo; outros há em que pressinto que vivo numa época conturbada que não se endireitará sem profundas mudanças, e que essas mudanças não passam pelas costumeiras revoluções mas por verdadeiros fins – assim a rondar o caos – que permitirão novos começos.
O que mais me assusta é o desejo que sinto cá no fundo (e já esteve mais fundo…) de fim, de caos, de novos – mas mesmo novinhos em folha – recomeços. É que já não acredito em nada. Sobretudo, não acredito em paninhos quentes, em tapa-buracos, em remendos. Acredito, isso sim, na urgência de enterrar bem fundo o que está podre e na urgência de chamarmos toda a criatividade que conseguirmos de forma a que, à semelhança da construção de um Novo Mundo, se inventem novas ordens, quer sociais, quer económicas, quer, sobretudo, políticas.
2 comentários:
Perfeita síntese de um programa político, subscrevo esta "...urgência de enterrar bem fundo o que está podre e na urgência de chamarmos toda a criatividade que conseguirmos de forma a que, à semelhança da construção de um Novo Mundo, se inventem novas ordens, quer sociais, quer económicas, quer, sobretudo, políticas".
Talvez seja melhor é não esperar pela salvação de um caos redentor; acho que teremos mesmo de nos empenhar e lutar cada dia por realizar esse programa.
O que escreveste dava pano para mangas. És boa a analisar-te Antígona. Não apanho muito por aí...
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