quarta-feira, 17 de novembro de 2010

O primeiro, e o último!

Esta expressão é geralmente utilizada quando a experiência é tão má que não se pretende repetir – Foi a primeira e a última vez! Nunca mais me meto noutra! – ou quando, tratando-se, por exemplo, de namoro, se casa com o primeiro e se fica até ao fim sem conhecer mais nenhum (esta última hipótese é cada vez mais rara como se sabe e está, definitivamente, fora de moda há já largos anos).
No entanto existem fenómenos estranhos que permitem que esta expressão seja utilizada num outro contexto. Imagine-se alguém que, depois dos cinquenta, resolve reatar relações com o primeiro namorado que teve aos 13 ou 14! E que, ao cabo de uma vida cheia de peripécias, tentativas e falhas, chega à conclusão que é ali que a paz mora e que, embora não seja de todo possível afiançar que será o último já que ao futuro, tirando o Michael G. Fox, ainda ninguém viajou, sinceramente deseja que a coisa se mantenha – que o primeiro seja o último! Tem a sua graça! Já para não falar nas teorias que podem nascer de tamanho acaso. Se é de acaso que se trata, evidentemente…

3 comentários:

CF disse...

:):):)

Anónimo disse...

Se calhar, o último que já foi o primeiro também reencontra a paz na permanência improvável da naturalidade dos afectos, apesar das peripécias... Se calhar, as raízes partilhadas sustentam a copa dessa obra, com aberturas para as falhas e estrutura para os tempos reais (e temporais) de cada um...

Sputnick disse...

Hummm, onde é que eu já ouvi isto??? :)