quarta-feira, 24 de novembro de 2010

Da Greve Geral

A greve é uma arma legítima e poderosa em qualquer Estado que se diz democrático. É um bater de pé; um dizer – Não trabalho nestas condições; um parar tudo.
Quando imagino uma greve vejo sempre os trabalhadores às portas dos seus locais de trabalho, de pé, de braços cruzados, marcando uma posição sem se demoverem enquanto as suas reivindicações não foram satisfeitas. Uma greve assim, pode durar um dia, dois ou três…o tempo que for preciso para se alcançar aquilo que se crê justo e necessário.
Hoje, neste país, é Feriado! Os «grevistas» ficaram na cama a dormir e à tarde, por volta das cinco horas, alguns deles rumarão a Lisboa para assistir a um espectáculo de música onde cantores de intervenção, como José Mário Branco, cantarão cantigas de outros tempos. Todos passarão um bom bocado. Será um dia de festa!
E porque não?! Afinal para a semana também será feriado, precisamente na 4ª Feira; e, para a outra, também. Significa isto que teremos três semaninhas maravilhosas em que se trabalhará/produzirá, quatro dias por semana, o que é suficiente para um país que tanto produz e que está tão rico que não sabe o que fazer ao dinheiro!
Já agora podíamos tirar férias, todos! Assim como assim, estamos a precisar…
A única chatice é que, com todos em casa a dormir, os blindados não terão qualquer préstimo. A não ser, lá está, como estátuas no Terreiro do Paço.

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