segunda-feira, 22 de novembro de 2010

Das acções e reacções

Complicadas as relações entre as pessoas. É muito mais fácil relacionarmo-nos com animais, tipo canários, ou peixes dentro de aquários que não dão mais trabalho do que aquele de lhes ir deitando, de vez em quando, uns pozinhos de perlimpimpim. Já as pessoas dão uma trabalheira! Ou porque não sabem o que dizem; ou porque não dizem o que pensam; ou porque o que pensam não presta; ou porque nem sequer pensam…
Eu tenho o estúpido hábito de reagir primeiro e pensar depois. Ninguém me pode acusar de não me debruçar sobre mim mesma. Faço-o como poucos, devo dizer. Vejo e revejo as acções; as reacções; os porquês e os devias…mas depois. Primeiro reajo. E que a mostarda não me chegue ao nariz que eu tenho mau feitio…
Estou-me pouco importando para as intenções. Não tenho capacidade, tempo ou mesmo disposição para tentar perscrutar no fundo dos olhos de cada um qual a intenção que o move. A mim o que me desperta são as acções. Se agem – eu reajo. Se agem bem – reajo bem; se agem mal – reajo mal. Neste campo estou mais próxima dos animais…é depois, no sossego do meu lar interior, que me torno gente e sou capaz de ver o que há para ver e mesmo além.
A boa notícia é que aprendo sempre qualquer coisa e cresço. A má é que se a razão estiver deste lado é uma grande chatice…

1 comentário:

CF disse...

Puxa. Podia ter sido eu a escrever isto :)