Sempre, ao longo da minha vida, me deparei com pessoas bem intencionadas que tinham, para todos os meus problemas, soluções óbvias que nunca hesitavam em partilhar. Elas sabiam exactamente o que eu deveria fazer fosse em que circunstâncias fosse.
Amiúde eu ia verificando que, se tinham soluções para os meus problemas, lhes faltavam completamente as soluções para os delas. Como se os problemas dos outros fossem de simples resolução, enquanto que os próprios tivessem uma complexidade incontornável.
Isto é uma "doença" que todos nós contraímos e que pode durar mais ou menos tempo dependendo da nossa capacidade de aprendizagem. É que não são os que nos dão conselhos a toda a hora que sabem muito. Não são aqueles que pensam saber exactamente o que fariam se estivessem no nosso lugar que sabem muito. São antes aqueles que sabem que nunca poderiam estar no nosso lugar porque as leis da Física nunca o permitiriam, e nem as do Universo já que cada um tem o seu próprio percurso e a sua própria bagagem para carregar.
Por outro lado é bem verdade que a distância, se não for em demasia, beneficia o campo de visão. É portanto natural que aqueles que nos olham, a nós e aos nossos problemas, fiquem com uma panorâmica bem diferente da nossa que estamos metidos no meio deles, engalfenhados neles, amalgamados com eles.
Daí que o que me parece realmente útil, não são os conselhos mas essa tal visão distanciada. É ela que nos ajuda a encontrar a solução certa para cada um dos nossos casos.
Fiquemo-nos, portanto, com as nossas soluções para os nossos problemas e partilhemos apenas as visões que temos dos problemas alheios. E, já agora, com o Jorge Leiria. Pensei em escolher o Carlos Mendes, sempre é o original, mas há que dar força à criançada e este miúdo é giro que se farta.
3 comentários:
Foda-se, lá está a puta da criancinha a cantar. É que não há cú para crianças cantoras. juro que não há. Desculpa a língua, mãe, mas já sabes que sou uma malcriada.
Pois és! Isso são formas de falar?! Não gosto nada disso! Para além de que gosto de ver o miúdo. Posso, ou não?!
Não!!!!
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