Quem me conhece sabe que eu nunca digo o que não penso. Mas o que talvez não saibam é que nem sempre o que penso, digo.
Ou porque não acrescentará nada de novo ou de bom ao que já existe, ou porque não é o momento certo, a altura própria, às vezes sinto e penso coisas que guardo para mim, que não partilho.
Algumas dessas coisas tendem a crescer como ar dentro de um balão e há momentos em que nem todos os suspiros do mundo me conseguem convencer que, mais cedo ou mais tarde, não rebentarei.
Nessas alturas, é procurar um sítio isolado e gritar a plenos plumões.
Assim como assim não se diz a ninguém, diz-se ao mundo...
1 comentário:
Dizem que só uma pessoa tontinha diz tudo o que lhe vem à cabeça. Seja como for, partilho da opinião de que é saudável e sensato espalhar as nossas verdades com algum critério de oportunidade e de respeito pelos interesses e os sentimentos do nosso interlocutor. Por isso, até certo ponto, entendo ser bom guardarmos para nós certas coisas que sentimos e pensamos. E acho óptimo gitar a plenos pulmões de vez em quando, procurando não ferir os tímpanos ou a sensibilidade de ninguém!...
Mas aquelas algumas dessas coisas que crescem em nós e ameaçam rebentar-nos, essas convém partilhá-las, não acredito que se desvaneçam com gritos nem com suspiros. Costumo pensar que o melhor será partilhá-las com alguém verdadeiramente amigo (se revelar não o ser já ganhámos algo com esse esclarecimento...); mas podemos recorrer a apoios "confessionais" vários que, por vezes, até poderão ser mais eficazes na ajuda, são assim como que ouvidos do "mundo" que também falam!...
Sei lá, faz qualquer coisa! Mas não rebentes, por favor. Pelo menos aguenta mais uns aninhos que vais ver que vais gostar...
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