O momento alto do espectáculo que a Alcione deu ontem no Coliseu dos Recreios foi quando começou a cantar São Coisas do Mundo, Detalhes da Vida. É que nem sei se se chama assim mas desta eu sabia a letra e nem precisei de me esforçar para a perceber. Cantei a plenos pulmões. Não é todos os dias que isso me é permitido. Cantar aos gritos sem que ninguém me oiça.
Quando o espectáculo começou, atrasado como todos os espectáculos neste nosso cantinho, o som saiu rouco, a banda composta por onze elementos abafava quase tudo. O chão tremeu com a destroção que o meu peito não sentia desde a última vez que tinha estado numa discoteca e, acreditem, já lá vão uns anos.
Das luzes e dos efeitos de palco nem sei o que dizer. Ainda tenho a bailarem nos olhos as enormes bolas cor de rosa cócó e os ouriços gigantes em fundo da mesma cor. O senhor que era responsável por estes extraordinários efeitos e que tinha nome de cão, tipo Tom-Tom, Béu-Béu ou coisa que o valha, de vez em quando, creio que para nos aliviar destes efeitos, acendia uns holofotes gigantescos que nos encadeavam mais do que o sol no pico do Verão. A coisa foi de tal maneira que já levávamos as mãos em pala para nos protegermos.
Houve porém uma música que conseguiu prender-me do princípio ao fim. Claro que não sei o nome, mas sei que trouxe consigo o vermelho, o amarelo e o negro para me aliviarem daquele rosa enjoativo. É claro que os holofotes continuaram a não nos poupar...
Pensei que conhecia a senhora. Afinal, não. Ao contrário da maior parte do público que cantava tudo e mais alguma coisa, eu cantei uma...enfim...
Estava mesmo a desistir quando consegui compreender algumas palavras. Dizia então a senhora, a dada altura numa determinada canção, que, para dormir, tomava aspirina. Aí despertei, curiosa na minha ignorância. Nunca tinha pensado em aspirina para dormir. Logo a seguir, no final do último verso, veio a explicação, parece que tem a ver com a sina. Toma aspirina por causa da sina. Faz todo o sentido.
Enfim, ainda dancei um bocadinho. Mas também não me é difícil. Basta um pouco de ritmo e aí vai o corpo ao deus dará.
Valha-nos a Maria Betânia que está mesmo aí a chegar.
Quando o espectáculo começou, atrasado como todos os espectáculos neste nosso cantinho, o som saiu rouco, a banda composta por onze elementos abafava quase tudo. O chão tremeu com a destroção que o meu peito não sentia desde a última vez que tinha estado numa discoteca e, acreditem, já lá vão uns anos.
Das luzes e dos efeitos de palco nem sei o que dizer. Ainda tenho a bailarem nos olhos as enormes bolas cor de rosa cócó e os ouriços gigantes em fundo da mesma cor. O senhor que era responsável por estes extraordinários efeitos e que tinha nome de cão, tipo Tom-Tom, Béu-Béu ou coisa que o valha, de vez em quando, creio que para nos aliviar destes efeitos, acendia uns holofotes gigantescos que nos encadeavam mais do que o sol no pico do Verão. A coisa foi de tal maneira que já levávamos as mãos em pala para nos protegermos.
Houve porém uma música que conseguiu prender-me do princípio ao fim. Claro que não sei o nome, mas sei que trouxe consigo o vermelho, o amarelo e o negro para me aliviarem daquele rosa enjoativo. É claro que os holofotes continuaram a não nos poupar...
Pensei que conhecia a senhora. Afinal, não. Ao contrário da maior parte do público que cantava tudo e mais alguma coisa, eu cantei uma...enfim...
Estava mesmo a desistir quando consegui compreender algumas palavras. Dizia então a senhora, a dada altura numa determinada canção, que, para dormir, tomava aspirina. Aí despertei, curiosa na minha ignorância. Nunca tinha pensado em aspirina para dormir. Logo a seguir, no final do último verso, veio a explicação, parece que tem a ver com a sina. Toma aspirina por causa da sina. Faz todo o sentido.
Enfim, ainda dancei um bocadinho. Mas também não me é difícil. Basta um pouco de ritmo e aí vai o corpo ao deus dará.
Valha-nos a Maria Betânia que está mesmo aí a chegar.
4 comentários:
É realmente uma pena que não tenha gostado do show (pelo que entendi, ao contrário dos outros expectadores). Eu o assisti aqui no Brasil e posso lhe dizer que ele foi um sucesso.
A música a que você se referiu no início chama-se "Retalhos", e dela também pego emprestado os mesmos versos para comentar teu texto, do meu ponto de vista, é claro: "são coisas do mundo, detalhes da vida"!
Sorte!
Eu não digo que não tenha gostado. Só não gostei tanto como esperava gostar. O problema nem foi da Alcione que tem um vozeirão. Mas o som estava péssimo e as luzes também. Podia ter sido um grande espectáculo e não foi. Tive pena por isso.
Olá! Confesso que fiquei muito triste em pensar que você talvez não estivesse reconhecendo o talento desta cantora, que é um dos maiores nomes da nossa música popular brasileira, inclusive no conceito da própria Maria Bethânia, que você citou. Triste por te-la chamado por "senhora", como se fosse uma artista qualquer. Mas compreendi tuas colocações agora.
Te convido a visitar nosso blog em homenagem a ela: www.morenaforrozera.blogspot.com
Abraço!
Lá irei :)
Obrigada, pela sugestão e pelo carinho de me ler.
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