Ando cansada de mim. Tanto mais agora que o contacto com os meus pares tende a escassear. Só me tenho a mim e pouco mais. Sem desprestígio para aqueles que me acompanham mas com quem não estou, evidentemente, todos os dias a toda a hora.
Deixei de ir às aulas. Teve de ser, diz a vida. A puta da vida, desculpem a expressão mas não há outra, pelo menos para já e para mim. Os dias passo-os rodeada de crianças mas não tanto como gostaria, não tanto quanto preciso...; e de mim. De mim, que ando cabisbaixa; desiludida; amargurada. De mim a quem nem o sol arranca uma alegria. De mim.
E eu que até sou, ou costumava ser, optimista, vejo-me a lutar constantemente contra a negritude que teima em cercar-me a alma!
Não sei que faça! Queria que isto desaparecesse e não sei que faça para que desapareça. Queria voltar a sentir-me segura; inteira; confiante. Queria que esta espécie de tristeza, esta estranha tristeza, desaparecesse. Era o que eu queria. É o que eu quero.
4 comentários:
Atrás dos tempos tempos vêm, tomando sempre novas qualidades. Nem sempre giboiando, nem sempre tristecendo dificuldades.
Tu és uma e outra, a totalidade, forma única, particular elemento desta humanidade adulta.
Sossega do ti de todo o dia a toda a hora, aceitando como teu quem te sente seu. Também na tristeza da distância.
The answer, my dear, is blowing in the wind; turn round and you'll fly into it...
Se me permites Amiga, não estás cansada de ti, mas de lutar. Descansa um pouco, retempera as forças, e vai à luta. Tu consegues. Xi-coração aconchegadinho.
Antígona, vamos a ter calma... Há sempre dias menos bons. Toma sorrisos :):)
Há dias...em que apetece desligar a luz e dizer "que se lixe"...chega!! tal é o cansaço, mas depois, lá vem um raiozito de Sol e voltamos a sorrir.
Um beijinho e espero que o teu Sol brilhe rapidamente :)))
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