Sentir-me refém da vida é mais de meio caminho andado para me sentir profundamente infeliz e eu não nasci para sofrer e é isso que sinto, sempre que a vida decide mudar.
Uma coisa são aquelas mudanças programadas, voluntárias, que têm como objectivo a melhoria, pelo menos é o que se espera, da própria vida; outra são as mudanças desestabilizadoras que baralham a ordem das coisas e fazem com que a base de sustentação mude de tal forma que deixam de ter cabimento, nessa nova ordem, os procedimentos anteriormente adequados.
O que me interessa a mim, o que nos interessa a nós, andar a remar contra a maré?!
O que faz um marinheiro quando o vento muda? Vira as velas, com certeza, e aproveita o vento o melhor que pode, sempre com os olhos postos no destino que escolheu. O meu é ser feliz e só o não sou quando me sinto refém do vento. Há que estudar muito bem as circunstâncias, bem como os instrumentos de que se pode dispor, para se poder voltar a navegar a favor da maré. É a isso que me tenho dedicado nos últimos dias - a estudar as circunstâncias; os instrumentos; as possibilidades e só isso, só esse exercício, já é o suficiente para me sentir melhor. Posso até chegar à conclusão que não, que não é o que quero, que não me satisfaz, mas saber que as hipóteses existem, que estão lá e que posso dispor delas, é mais de meio caminho andado para ser feliz.
2 comentários:
Espero que veja várias hipóteses e que (pelo menos) uma lhe sorria!
Isso Antígona. Toma sorrisos :):)
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