Se é já tantas vezes complicado conseguir que os dedos encontrem as teclas certas à velocidade do pensamento quando se escreve com as duas mãos, contar apenas com uma e ainda por cima a esquerda, para quem, como eu, é dextro, transforma um pequeno texto num exercício de estilo e agilidade fora do comum.
É sem dúvida útil se eu quiser aproveitar para imaginar as dificuldades de alguém que tem o azar de ficar aleijado para o resto da vida. Mesmo assim, só posso mesmo imaginar uma vez que a certeza de que durará apenas alguns dias me acompanha sempre. Contudo, deixo aqui a minha homenagem a todos aqueles a quem azares desse tipo batem à porta porque não é fácil, apesar de não ser de todo impossível, a adaptação permanente a uma circunstância extraordinária, e esta nem é das piores…
Mas nem era nada disto que eu queria escrever. Na verdade nem sei bem sobre o que queria escrever, senão sobre uma amálgama de ideias difusas já que me encontro, ou pelo menos me sinto, privada de um normal funcionamento e, portanto, tudo o que realmente quero é escrever, seja lá aquilo que for, porque o que importa é que o faça e me prove que o posso fazer – juntar, no ecrã, letra a letra, formar palavras e depois frases, é tudo o que me apetece, tal e qual a vontade quase incontrolável de fazer exactamente aquilo que não se pode ou não se deve, mas de que se não é capaz de prescindir. Creio ser isto a teimosia.
E neste momento estarão vocês a pensar – que culpa tenho eu?; Que tenho eu a ver com isso?! Nada, na verdade. A não ser que se identifiquem com este tipo de teimosia…
É sem dúvida útil se eu quiser aproveitar para imaginar as dificuldades de alguém que tem o azar de ficar aleijado para o resto da vida. Mesmo assim, só posso mesmo imaginar uma vez que a certeza de que durará apenas alguns dias me acompanha sempre. Contudo, deixo aqui a minha homenagem a todos aqueles a quem azares desse tipo batem à porta porque não é fácil, apesar de não ser de todo impossível, a adaptação permanente a uma circunstância extraordinária, e esta nem é das piores…
Mas nem era nada disto que eu queria escrever. Na verdade nem sei bem sobre o que queria escrever, senão sobre uma amálgama de ideias difusas já que me encontro, ou pelo menos me sinto, privada de um normal funcionamento e, portanto, tudo o que realmente quero é escrever, seja lá aquilo que for, porque o que importa é que o faça e me prove que o posso fazer – juntar, no ecrã, letra a letra, formar palavras e depois frases, é tudo o que me apetece, tal e qual a vontade quase incontrolável de fazer exactamente aquilo que não se pode ou não se deve, mas de que se não é capaz de prescindir. Creio ser isto a teimosia.
E neste momento estarão vocês a pensar – que culpa tenho eu?; Que tenho eu a ver com isso?! Nada, na verdade. A não ser que se identifiquem com este tipo de teimosia…
4 comentários:
:) As melhoras...
Mas o que tu chamas de teimosia, eu chamo persistência, provarmos a nós mesmo que somos capazes de fazer as coisas mesmo com uma mão avariada.
Parti um dedo da mão direita em Setembro, como não conseguia escrever com a caneta só com 3 dedos...ia para o pc, e com a mão toda de banda escreva na mesma!
Um beijito e rapidas melhoras..:))
Onde andam as tuas mãos Amiga? Para estares nesse estado :)
Persistência, resiliência, inteligência, paciência... são qualidades "chatas à brava" de treinar durante quase uma semana de braço ao peito, não é?
Mas, ao juntares a essas a capacidade de olhar o(s) outro(s) e relativizares o teu penar, transcendes a busca do fruto proibido pela grandeza de espírito.
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