Não estou disposta a deixar de dormir; a engordar (muito pelo contrário, preciso é de emagrecer); a transformar-me numa alcoólica; a voltar a fumar ou mesmo enveredar por uma daquelas situações dramáticas e condizentes com certas aflições que cada um de nós, mais dia, menos dia, com mais ou menos gravidade, sente ou vai sentir.
Não me suicidarei, literal ou metaforicamente, muito pelo contrário - continuarei como até aqui, trabalhando o mais e o melhor que posso e sei. É comigo que tenho de estar satisfeita e não com o contexto, seja lá ele qual for.
E estou. Tenho sido uma linda menina e estou orgulhosa.
Parei uns míseros quatro dias entre Setembro de 2009 e Junho de 2011. Pode não parecer nada de especial, mas é - trabalho com crianças. E estava disposta a perfazer os dois anos seguidos, se tivesse condições para isso. Parece que não tenho. Não foi que não tivesse lutado por elas. Lutei. Enfim, talvez não com tanta garra quanto o ano passado mas isso compreende-se – ninguém é de ferro.
Trabalhei sozinha e foi sozinha que consegui uma taxa de êxito de cem por cento, já que a única menina que não transitou de ano entrou em Abril com oito negativas que baixou para três neste terceiro e último período. Costumo dizer que não faço milagres mas já acreditei mais nisso.
Propus-me a deixar de fumar e já lá vão mais de três meses que não pego num cigarro pelo que me arrogo a afirmar que não voltarei, até porque sou fumadora e um fumador quando deixa de fumar não se pode dar ao luxo de abrir excepções.
Propus-me a fazer Ciências da Educação e mais de meio curso já lá vai, sendo que até aqui ainda não deixei rabo nenhum de fora.
O Governo não vai fazer férias este ano. Acho muito bem. Eles estão a começar, eu já comecei há pelo menos três anos. Já sei o que isso é. Este ano vou parar. Vou aceitar as circunstâncias que me impedem de não o fazer, e vou parar. Vou parar e arcar com todas as repercussões que daí advém na certeza de que se o Governo se dedicar como eu me tenho dedicado e se for pessoa de bem, como eu tenho sido, não só não sofrerei graves repercussões como poderei, num futuro próximo, voltar a respirar.
Desejo-lhes pois saúde, sorte, empenho, seriedade e muita força. Desejem-me, por aí, umas boas férias.
Não, não irei para lado nenhum. Mas escreverei, dormirei e transportar-me-ei, tantas vezes quantas aquelas que me apetecer, à praia.
2 comentários:
Boas férias que bem as mereces. E parabéns. Daqueles mesmo muito, muito, muito sentidos. Admiro a tua força :):)E se quiseres, no inicio do mês, estou na terra das sete saias. Serás bem vinda e tens albergue. A água é geladinha, mas o que é isso para ti?!?! :):)
Bom descanso :).
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