sexta-feira, 17 de junho de 2011

A política; os políticos e a liberdade

Cheguei à conclusão que não gosto de política. Nem de política, nem de políticos. E mais, estou em crer que a política na verdade não serve ninguém já que o seu objectivo central é sempre o poder, ao invés da funcionalidade. O poder ou, muitas vezes, a sombra dele…

O politicamente correcto é um yes men que acredita que é livre. É aquele que ostenta as cores da uma qualquer bandeira e defende com unhas e dentes tudo o que os da sua cor dizem, sendo que toma sempre partido, não pelo que é verdadeiramente melhor para o país, mas por aquilo que for mais conveniente para a defesa das suas ideias. As “ideias” é que prevalecem. As ideias como baluartes de uma liberdade que alguns desses políticos de meia tigela ostentam para camuflar a incapacidade que realmente têm de ser livres.

Eu “sou livre” quando protesto, porque ao exercer o meu direito de “protestar” seja contra o que for, estou a exercer o meu direito à liberdade!

Aqueles que ficaram presos à noção de liberdade veiculada durante o Estado Novo e, convenientemente exacerbada aquando do 25 de Abril, continuam a protestar porque acreditam que se pararem voltamos atrás. 

São eles que estão presos no tempo! Liberdade é esquecer de vez a necessidade de lutar por ela. Só quando ela deixar de ser um fim, se transformará numa realidade.

Quanto à política, e aos políticos que têm preenchido as nossas fileiras, a sua filosofia tem estado assente num jogo que os países em situação de aperto, como está o nosso, não se podem dar ao luxo de jogar. Partidarismos são tachos e os tachos não estão de acordo com as exigências técnicas que a situação exige.

Estamos todos no mesmo barco. Embora lá ser livres!


2 comentários:

Jardineiro do Rei disse...

Ora aí está algo que eu assino por baixo e subscrevo na totalidade.
É isto mesmo o que eu penso da política, dos políticos, dos que vivem à sombra da política.
Durante a campanha para as recentes Legislativas, eu entretive-me a olhar para as televisões e a ver aquelas pessoas, sempre os mesmos rostos, supostamente felizes e bem na vida, a seguirem fielmente, os seus políticos de eleição, também eles sempre os mesmos - esses se calhar sim, bem na vida - a colocarem-se estrategicamente em frente à câmaras de televisão e a acenarem veementemente com a cabeça a dizerem que sim, ao líder, que ele é que sabe, ele é o "dono" da verdade...
Ou então aqueles comícios, e festas, e congressos, com toda aquela parafernália de meios mediáticos. A gente olha seja para que lado for e lá está ele, o "guia", a falar, a pregar, a arengar - que sim, que a culpa é dos outros, que se ganharem o país vai ser arrastado para a profundeza dos infernos...
Quando vejo isto, tenho a sensação de que estou a assistir a uma assembleia de um qualquer culto religioso, fanático e doentio tipo Seita da Verdade Suprema...

Não há quem nos valha...

Gina disse...

Concordo em parte e digo em parte porque não poderemos viver em democracia sem os partidos. Claro que nestes trinta e seis anos a democracia tem andado sempre mais ou menos doente mas cabe-nos sempre a nós pelo direito do voto a alterar , a mudar ou pelo menos a tentar o que nos é apresentado como se fosse o melhor. E não dá para esquecer o longo caminho que muita gente percorreu para conseguirmos o direito de votar, por isso meus amigos pelo menos deste direito não pretendo abdicar ! Um abraço