De vez em quando aparecem uns loucos que escrevem coisas e fazem filmes daqueles “impossíveis”, que dizem coisas “impossíveis”, esta expressão é da minha mãe, ela adora dizer isto: Coisas impossíveis!, cobertos por aquela expressão pirosa que certos autores gostavam de usar: o manto diáfano da fantasia.
Pois eu gosto. Gosto de tudo quanto é fantasia e intrigo-me sempre onde raio é que as pessoas que escrevem essas coisas as vão buscar! Cada vez que oiço a palavra “impossível” dá-me vontade de rir porque começo logo a pensar na quantidade de “impossíveis” que ao longo da História se foram transformando em banalidades. E depois, não posso deixar de sentir sempre um certo respeito por essas pessoas que as imaginam porque, e mais uma vez a julgar pela História, me parecem sempre pessoas que vêem mais do que eu. Penso mesmo que deveríamos, todos, dar mais atenção a essas “fantasias” e ter sempre presente uma verdade inegável, é que “a mentira, para ser convincente, tem de ter sempre à mistura uns pozinhos de verdade”, e são esses pozinhos que eu me entretenho a tentar descobrir.
Já agora, na sequência desta onda de mistério, desejos e poderes, fiquem-se com Pessoa, o mais lúcido dos nossos loucos:
“Querer não é poder. Quem pôde, quis antes de poder só depois de poder. Quem quer nunca há-de poder, porque se perde em querer.”
2 comentários:
:):) Toma sorrisos. E caso o blog esteja marado, sou eu, a CF.
Ahhhh! O blog tá marado??? Por isso eu não consigo publicar nada??? Sempre vou lendo textos bonitos como este.
Bejico
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