Parece que a PSP disse que não a isto.
As suas chefias não se entusiasmaram com este tipo de metáforas ideológicas de despojamento total. Não andámos estes séculos todos a inventar coisas para agora nos livrarmos delas assim de repente e do pé para a mão.
O que é que há de belo no nu?! Nada. E de saudável? Menos ainda.
A sensualidade está no que se veste e não no que se despe e o sol, que já fez melhor trabalho com a pele, não é de todo aconselhável às zonas erógenas. De resto a Natureza, mãe sapientíssima, sempre nos disse isso – não existe na verdade nenhum animal que viva com elas expostas. E mesmo o Homem, que apareceu coberto de pêlos, assim que se pôs em pé tratou de as tapar. Não foi, com certeza, por vergonha…
Penso que no cerne do nudismo, mais do que o apregoado regresso às origens, estão as vontades férreas de chocar, de libertar, de mandar tudo às urtigas.
Quando vejo essas comunidades nuas, lembro-me dos homens em t-shirt mas de tins-tins a abanar, ao cair da noite, em filas de supermercados. Lembro-me dos chinelos e das máquinas fotográficas a tiracolo como únicos acessórios, e dos duches a céu aberto. Lembro-me das carnes morenas e caídas dos velhos a passearem-se pelo meio das árvores e lembro-me, sobretudo, do cheiro! Meu Deus, o cheiro! Eu andava sempre com uma toalha não fosse precisar de me sentar…
1 comentário:
Lol. Concordo Antígona, É uma vontade de quebra, sempre.
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