É preciso amar. Este, aquele, o outro… É preciso amar pais, irmãos, primos e amigos… É preciso amar…e não fica bem dizer que não, que não é isso que se sente, que cada vez são mais as alturas em que os sentimentos se contradizem – o que é preciso e o que é – tão díspares! Tão envergonhadamente díspares! E é uma agonia – o que se sente e que não era suposto sentir-se. Que tipo de pessoa sou eu afinal?!, quando um dos seres que era suposto amar, me cansa, me satura, me desperta sentimentos de “já chega”?!
Provavelmente uma cobarde. Daquelas que valoriza mais o que acha que deve sentir do que aquilo que verdadeiramente sente.
Trinta e sete anos são de mais. Já chega. Nada do que me foi dado se equilibra com o que já dei. Os papéis inverteram-se demasiado cedo e, se ninguém teve a culpa eu muito menos! e estou farta. Já chega.
E é agora que uma boa meia dúzia de puritanos se escandaliza. Sabem porquê? porque, como todos os puritanos, são daqueles que nunca passaram por nada. Falam de barriga cheia. E é tão curioso observar a sapiência dos que falam de barriga cheia…
3 comentários:
Exactamente. manda-os f.... aos puritanos, claro :)
Somos nós, eu e tu, assim meio sem alma nem jeito, sem polite e sem palavra... Olha... lá no fundo estamos nós, sem capas nem disfarces... Que se viva!
Bejico
Antígona...entendo-te bem...e alturas houve em que até a mim fazia confusão esses sentimentos contraditórios onde a culpa emergia e rasgava o peito. Hoje já não penso assim. Se gosto. Gosto e assumo. Se não gosto. Não gosto e assumo e quem aceita muito bem...quem não aceita...muito bem também!!!
bjs
:)
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