Há nos homens em geral uma excessiva dependência do feminino como se os direitos aos cuidados da mãe fossem para a vida pelo que não precisam de crescer. Há nos homens em geral um complexo de Peter Pan, disfarçado, muitas vezes, pelos afazeres e responsabilidades profissionais, ou mesmo por uma superioridade física que fazem questão de colocar na linha da frente quando tudo o resto falha.
Não sei mesmo até que ponto é que a sua compleição não se coaduna com a vontade permanente de regresso ao útero materno…
Talvez até a necessidade de controlar tudo, e as mais diversas e camufladas formas que têm de o fazer, seja ao mesmo tempo uma manifestação de desagrado perante o corte umbilical e uma luta diária para não perder esse aconchego da vida que é o nunca ter de crescer.
Seja o que for a culpa é nossa. Educamo-los mal enquanto mães e continuamos a educá-los ainda pior enquanto mulheres. A consolação que me resta é o facto das mulheres virem a estar tão tremendamente ocupadas que deixa de ser humanamente possível continuar a tratá-los como se fossem inaptos e ineptos. Pode até ser que, com o tempo, as mulheres percam um pouco desta mania de cuidar de tudo e de todos e os homens cresçam mais um bocadinho. Quem sabe?, talvez venhamos a formar belas equipas...
2 comentários:
Ou seja, aqui como em tanto, o ponto de partida somos nós :):):)
É... isso. Mas nem sempre!
A vida ensinou-me, bem cedo, a cortar o cordão umbilical com a mãe. Estranhamente (eu sempre fui um sujeito estranho...)mantive uma relação paternal forte. Até ao último momento.
Mais tarde... aprendi uma coisa com um cavalheiro que dava (dava porque já morreu...)pelo nome de Mao Tze Tung. (acho que foi ele, num momento de rara inspiração...)... "Quando não puderes derrotar o teu "inimigo", junta-te a ele". Foi o que eu fiz. Uma aliança de 33 anos, em que nunca ninguém foi "mãe" de ninguém.
É isso mesmo, Antígona... ,mas nem sempre.
Jardineiro
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