Considerando que as nossas reacções são muitas vezes fruto de saberes recônditos que apelidamos de pressentimentos, gosto de imaginar que os meus receios e pruridos se devem a uma espécie de ciumeira (estou a brincar) provocada pelo sucesso que o meu pai tem no seio da comunidade feminina.
Ainda há pouco tempo uma amiga da minha mãe, já a caminho dos 90, que veio cá a casa e que não nos via há alguns anos, ficou pasmada a olhar para o meu pai e a dizer que estava parecido com um actor qualquer (ela conhece-os todos).
Expressões do tipo “Deve ter sido um belo homem!” rematadas com um rápido “ainda é!” alimentam-lhe o ego e aliviam o desaire de se ver afastado da minha mãe, por quem ele, aliás, alimenta infundados ciúmes apesar dos seus quase 80 anos!
Hoje só me dizia que “são muitas”, as meninas, e quando uma delas lhe perguntou “como me chamo?”, ele encolheu os ombros, levantou as sobrancelhas e atirou-lhe um sorriso malandro de “não me lembro, são tantas!...”
Enfim, pôs-me bem-disposta
5 comentários:
Agora... Olho para esse Pai, como olho para o meu... e a raiva passou, agora quero apenas que ele viva muitos anos... ao meu lado!
Beijinho !
Já sei que o Blogue tá louco, sei que não consigo publicar nada... vou tratar!
Eh Eh, onde é que eu já vi (li) isto :)
Não faço ideia A NOSSA LOJA, onde?!
Tal como eu já tinha dito há sempre um amanha e amanha será sempre um outro dia, daí a última frase do texto resumir tudo isto ! Um abraço
Não te vou dizer por aqui, ah ah ah.
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